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O percentual de famílias endividadas bateu sucessivos recordes nos últimos dois anos, chegando a patamares próximos a impressionantes 80%. A situação atingiu tal nível de gravidade que acabou motivando a criação de um programa específico do governo federal, o Desenrola, com o foco na renegociação de pendências financeiras.

A palavra “dívida” ficou em tamanha evidência nos últimos tempos que passamos a automaticamente associá-la a algo negativo. O resultado é que muitos de nós ficamos arrepiados só de pensar em assumir uma. Mas, você já parou para pensar que todos nós, de um jeito ou de outro, temos dívidas a pagar, e isso não é necessariamente um sinal de desequilíbrio ou má saúde financeira?

As dívidas fazem parte da vida de qualquer pessoa que tem contas a pagar, e podem até mesmo ser uma aliada do nosso planejamento financeiro. Por exemplo, quando contraímos um empréstimo para financiar um projeto que nos dará um bom retorno no futuro. O que é muito diferente de estar inadimplente.

Entenda a seguir qual o papel das dívidas em nossa vida, e quando elas passam a ser de fato um problema com que devemos nos preocupar.

O que é dívida?

Quando se fala em dívidas, muita gente costuma fazer essa confusão, acreditando que ter uma dívida é o mesmo que ter uma conta em atraso.

Objetivamente, a palavra dívida refere-se a uma obrigação financeira ou valor monetário que uma pessoa, empresa ou governo deve a outra entidade. Ou seja: se você comprou um produto ou contratou um serviço e não pagou na hora, então você contraiu uma dívida com a instituição que concedeu o crédito. Sua conta de luz, de água ou qualquer outro boleto não vencido que você tenha em mãos, mas que ainda não pagou, pode ser chamado de dívida.

Em outras palavras, assumir uma dívida é se comprometer com pagamentos que serão realizados no futuro e ainda irão vencer, como, por exemplo, as compras parceladas no cartão de crédito. A mesma situação ocorre ao contratarmos um crediário, um empréstimo ou um financiamento. Enquanto estivermos com as prestações em dia e ainda restarem parcelas a pagar, estaremos endividados, mas não inadimplentes.

Em sua essência, a dívida é basicamente um compromisso financeiro que uma pessoa assume ao tomar emprestada uma quantia a ser paga no futuro, geralmente com juros. Ter uma dívida não é necessariamente um sinal de má gestão financeira; na verdade, dívidas podem ser ferramentas estratégicas.

Por exemplo, empréstimos para a educação podem ser considerados investimentos no futuro profissional, e financiamentos viabilizam a compra de um imóvel, um ativo que ao longo do tempo pode se valorizar e muito.

A dívida pode ser algo positivo?

A palavra dívida, por si só, costuma carregar uma conotação negativa. De um modo geral, as dívidas são encaradas como as grandes vilãs do orçamento familiar, mas nem sempre elas indicam um cenário financeiro negativo. De fato, algumas dívidas podem resultar em ganhos importantes lá na frente, compensando os gastos com os juros.

Ou seja, se usados de forma inteligente e equilibrada (sem que comprometam demais o orçamento), os recursos provenientes de um empréstimo, de um parcelamento ou de um financiamento podem até ser aliados da boa gestão das finanças pessoais, ao permitirem parcelar gastos importantes, diluindo as saídas de caixa e resultando em novas entradas ou em algum tipo de economia no futuro. Em resumo, o “endividamento do bem” é aquele que, quando deixa de existir, gera algum tipo de ganho ou retorno para o tomador.

O ponto crucial aqui é a capacidade de gerenciar essa dívida de forma eficaz, garantindo que os pagamentos sejam feitos em dia e que os juros não consumam uma parcela desproporcional da renda. Uma dívida bem gerenciada é aquela que mantida sob controle, seja por meio de um plano de pagamento consistente ou por seu tomador ter os meios para quitá-la integralmente a qualquer momento.

O que é o endividamento

Ao contrário do que muitos pensam, o endividamento não é por si só um problema. Para se ter uma ideia, uma pessoa com parcelas a vencer no cartão de crédito, ou que assumiu o financiamento de um imóvel, é considerada endividada, mesmo que esteja com o pagamento em dia.

Ou seja, o endividamento refere-se à condição de uma pessoa, empresa ou governo de ter dívidas acumuladas. Ele mede a quantidade total de dívidas que uma pessoa ou entidade acumulou em relação à sua capacidade de pagamento, e indica que a renda de um consumidor, pessoa física ou jurídica, está comprometida por determinado período. Ou seja, é o grau de endividamento que vai determinar se a situação está sob controle ou se as dívidas se tornaram um entrave para a saúde financeira. O endividamento excessivo pode levar a uma situação em que as pendências acumuladas excedem a capacidade de pagamento da pessoa, comprometendo sua saúde financeira. Isso geralmente ocorre quando as dívidas são contraídas de forma descontrolada, sem um planejamento adequado, ou quando há um

imprevisto que afeta a renda ou aumenta as despesas, dificultando o cumprimento dos compromissos financeiros.

Trata-se de uma condição preocupante que, além de gerar muito estresse, pode levar a restrições no orçamento e à necessidade de fazer escolhas financeiras difíceis, como decidir entre pagar dívidas ou cobrir despesas essenciais. Além disso, pode afetar negativamente o crédito da pessoa, limitando sua capacidade de obter empréstimos ou financiamentos no futuro.

E a inadimplência?

Resultado do endividamento excessivo, a inadimplência fica caracterizada quando há o descumprimento de um compromisso financeiro dentro do prazo estabelecido. Em outras palavras, torna-se inadimplente aquele que atrasa ou deixa de efetuar os pagamentos de suas dívidas.

Ou seja, o consumidor inadimplente é aquele que está com uma dívida atrasada ou em aberto. Isso quer dizer que nem todo endividado é um inadimplente, mas todo inadimplente está necessariamente endividado, já que não foi capaz de arcar com os compromissos de pagamento.  Esse descumprimento pode ser pontual ou recorrente, podendo prejudicar seu perfil em análises de crédito e empréstimos.

O que fazer para sair a inadimplência?

Não tem jeito: a única forma de se livrar da condição de inadimplência é pagando o que se deve. Ou seja: sair da inadimplência passa, necessariamente, por um plano de quitação. Mas por onde começar?

Antes de mais nada, faça uma lista de todas as suas dívidas e procure distinguir as atrasadas daquelas que ainda estão para vencer. Esse é o primeiro passo para a reorganização do seu orçamento.

Em seguida, analise seu orçamento para ver qual a sua disponibilidade de pagamento e trace uma estratégia de quitação, estabelecendo critérios de prioridade.

Uma vez que os recursos disponíveis nem sempre são suficientes para solucionar tudo de uma vez, é importante decidir quais dívidas quitar primeiro, analisando os riscos e prejuízos relacionados a cada uma. Em geral, é indicado priorizar aquelas dívidas com juros mais elevados.

Outro critério importante a levar em conta é o valor dos juros. Dívidas com o banco, por exemplo, nem sempre parecem as mais urgentes, mas em geral são as mais caras (as que têm juros mais altos embutidos). 

O passo seguinte é procurar os credores em busca de uma negociação. A maioria deles costuma estar disposta a aceitar acordos, incluindo descontos e parcelamentos. Busque por uma negociação que seja vantajosa, viável e adaptada à sua realidade financeira de momento.

Simultaneamente, é importante não deixar de lado uma série de medidas que contribuirão para reequilibrar seu orçamento, ajudando você a recobrar o controle das suas entradas e saídas, enxugando gastos, fazendo reservas, planejando investimentos e, principalmente, evitando contrair novas dívidas.

Agora que você já sabe qual a diferença entre dívida, endividamento e inadimplência, e entendeu a importância de estar com as contas em dia, que tal aproveitar para renegociar alguma pendência sua com a Crediativos? Acesse aqui nossa plataforma, consulte seu CPF e confira as condições disponíveis para o seu perfil.

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